Lembra o blá-blá-blá de política?

Pois é. Voces lembram o blá-blá-blá de política que eu desenrolei aqui, ainda esta semana?

Sairam os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), em linhas gerais, um meio censo, onde são investigadas, como diz o título da pesquisa, amostras de domicílios brasileiros e o resultado é extrapolado, estatisticamente, para o país como um todo.

E daí? E daí que, com nosso mais digno imediatismo do dinheiro-no-bolso-meu-pirão-primeiro (tá legal, reconheço que a desigualdade social é o alimento ideal deste surto), re-elegemos alguém que com paliativos populistas - tipo bolsa família e que tais - comprou nossos votos e almas. Ele que se anuncia como revolucionário da educação, proclamando o pró-uni, como a salvação de todas as lavouras! 

Nesse contexto "revolucionário", entregando educação de nível superior de terceira qualidade (são os números do MEC que dizem, não eu), bolsas em entidades de ensino particular aos menos favorecidos, o Brasil conseguiu a proeza de ter mais analfabetos do que a Bolívia, proporcionalmente, segundo a PNAD. 14 milhões de analfabetos (sem contar os analfabetos funcionais, que lêem mas não conseguem entender o sentido lógico nem construir um raciocínio com o que foi lido).

Resumo da Ópera: num país onde ainda temos analfabetos brotando do chão, o governo investiu mundos e fundos na falsa democratização do ensino superior, abrindo bolsas de estudo (bancadas com os impostos pagos por você) em escolas de terceira classe para os menos favorecidos. Ou seja, o menos favorecido recebe uma educação fundamental de merda, logo, pra se formar profissional em alguma coisa, que seja numa Universidade/Faculdade de merda!

A propósito: quem  ganhou com isto tudo? Donos de escolas particulares de ensino superior, botando no bolso a grana dos nossos impostos, repassados pelo governo em pagamento às bolsas de estudo...

Nos EEUU, uma frase deu sentido ao principal tema de uma campanha, que normalmente elegia ou fazia despontar para o fracasso um candidato à presidência:
É a economia seu Burro!
No Brasil, embora a lógica seja a mesma, com apelos significativamente mais "baratos" e simples, a frase deveria ser:
É a educação seu Burro.
Apenas com educação e a tal da consciência cidadã (uma permitindo a outra) é que sairemos dessa patinação na merda!

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