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Para minha humilde satisfação, aqui no balneário, o segundo turno vai ser entre o Paes e Gabeira, que além de - na minha opinião - ser melhor opção aos cariocas, ainda leva a Maya Gabeira de contrapeso!
Mas, felizmente, nos livramos do voto religioso que, apesar de ser um voto como outro qualquer, nos transforma, por viés, na antítese do estado laico (mode gastei o portuga: off).
Na verdade, Crivella apresenta uma pauta populista de cunho evangélico que, definitivamente, mesmo com a roupa nova da religiosidade, tá pra lá de ultrapassada e cheira a melda! Gabeira, apesar de eventualmente extremar suas opiniões, é o único candidato a apresentar, além de um programa político de simples entendimento, objetivo e concreto, um capital ético-político viável no Rio de Janeiro.
Lembrem-se que ele apoiou Lula quando este se elegeu pela primeira vez. Ao tentar questionar politicamente o governo, à época do mensalão, foi solenemente ignorado, recebendo um claro aviso de que, pro PT Nacional, o PT do Rio não tinha peso nem importância (o que o "apoio" do PT ao Molon, nestas eleições, mais do que comprovou).
Recado anotado, voltou para sua base (o PV), construiu uma atuação política no congresso que o colocou como o "independente", permitindo atuar conforme sua consciência e esta, de forma coerente, o trouxe de volta ao cenário político carioca, como o cara honesto e com ética, disposto a pagar qualquer preço político que suas idéias pudessem impor.
E, novamente, mostrando que independência sem beligerância pode ser percebida como a vontade de que as idéias e a ética se sobreponham ao fisiologismo e clientelismo políticos (coisas comuns no Rio...), desembarca no segundo turno ainda como um voto útil contra o Crivella, mas com totais condições de se transformar em opção viável como prefeito do Rio.
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